E tradições
No Peroficós
Agua Santa
No dia de S. João havia o hábito das pessoas se lavarem na “Água Santa”.
E o que era a “Água Santa? - alguém perguntará!
Era a água das fontes, regatos ou ribeiros no dia S. João, mas só antes do nascer do sol. Esta qualidade estava associada ao dia do Santo - S. João - e à hora - antes do nascer do sol. Dizia-se que fazia bem ao corpo e ao espírito.
No decurso deste dia e logo pela manhã, perguntávamos uns aos outros: "lavaste-te na “Água Santa?"
Uns, bafejados pelo dom e pela sorte, respondiam que sim todos vaidosos, enquanto outros inventavam uma desculpa para a falta de oportunidade: não acordaram, foram apascentar os animais ou não havia tal água por perto.
Havia quem ignorasse, por completo, que era o dia de S. João (os calendários eram quase inexistentes).
Fogueiras
Nos dias de S. João e S. Pedro organizavam-se várias fogueiras na aldeia onde se queimava rosmaninho e bela-luz.
Durante o dia as crianças e os jovens iam expressamente ao campo apanhar os referidos arbustos, enquanto os adultos associavam esta tarefa aos trabalhos do campo e, muitas vezes, no final do dia traziam um ou dois molhos, caso se lembrassem ou estivessem interessados.
Se o rosmaninho é muito comum e conhecido já o mesmo não acontece com a bela-luz. Este arbusto é muito crepitante e emite uma luminosidade muito viva ao arder.
Na aldeia organizavam-se, pelo menos, duas fogueiras: uma na folhinha e outra no cimo-da-quinta, no largo do forno. A Redondinha, duma forma geral, também tinha a sua iniciativa pois que nestas matérias nunca ficava atrás.
Normalmente a população, em especial os mais novos, participava activamente nesta folia: saltava-se a fogueira, (acto de destreza), cantavam-se canções populares e por vezes bailava-se ao som das mesmas.
Acontecia algumas vezes que no meio da fogueira, era colocado um tronco de árvore na vertical com um cântaro no topo e dentro deste um gato. A boca do cântaro estava semi-fechada. Com o calor e o fumo o gato procurava sair de qualquer forma … Nunca caía na fogueira … e o felino fugia com grande velocidade até se recompor do susto! …
No dia de S. João havia o hábito das pessoas se lavarem na “Água Santa”.
E o que era a “Água Santa? - alguém perguntará!
Era a água das fontes, regatos ou ribeiros no dia S. João, mas só antes do nascer do sol. Esta qualidade estava associada ao dia do Santo - S. João - e à hora - antes do nascer do sol. Dizia-se que fazia bem ao corpo e ao espírito.
No decurso deste dia e logo pela manhã, perguntávamos uns aos outros: "lavaste-te na “Água Santa?"
Uns, bafejados pelo dom e pela sorte, respondiam que sim todos vaidosos, enquanto outros inventavam uma desculpa para a falta de oportunidade: não acordaram, foram apascentar os animais ou não havia tal água por perto.
Havia quem ignorasse, por completo, que era o dia de S. João (os calendários eram quase inexistentes).
Fogueiras
Nos dias de S. João e S. Pedro organizavam-se várias fogueiras na aldeia onde se queimava rosmaninho e bela-luz.
Durante o dia as crianças e os jovens iam expressamente ao campo apanhar os referidos arbustos, enquanto os adultos associavam esta tarefa aos trabalhos do campo e, muitas vezes, no final do dia traziam um ou dois molhos, caso se lembrassem ou estivessem interessados.
Se o rosmaninho é muito comum e conhecido já o mesmo não acontece com a bela-luz. Este arbusto é muito crepitante e emite uma luminosidade muito viva ao arder.
Na aldeia organizavam-se, pelo menos, duas fogueiras: uma na folhinha e outra no cimo-da-quinta, no largo do forno. A Redondinha, duma forma geral, também tinha a sua iniciativa pois que nestas matérias nunca ficava atrás.
Normalmente a população, em especial os mais novos, participava activamente nesta folia: saltava-se a fogueira, (acto de destreza), cantavam-se canções populares e por vezes bailava-se ao som das mesmas.
Acontecia algumas vezes que no meio da fogueira, era colocado um tronco de árvore na vertical com um cântaro no topo e dentro deste um gato. A boca do cântaro estava semi-fechada. Com o calor e o fumo o gato procurava sair de qualquer forma … Nunca caía na fogueira … e o felino fugia com grande velocidade até se recompor do susto! …
Era o delírio geral … e a festa continuava noite dentro até se acabarem os arbustos.
3 comentários:
Ganda bujarda, JA!!!!
Isso é que era animação, se fosse tradição no S. João no Porto esse divertimento com o gato em vez de andarem pra lá abaterem nas cabeças uns dos outros com martelitos e folha de alho... ia ao Porto todos os anos.
Temos de exprimentar, talvez no proximo encontro de primos (EDP);).
Bem haja JA!!!
Mais um contributo do historiador JA para a malta! Mai nada!
JA, se fosse hoje, a do gato não se realizaria. Chegariam ao Peroficós, semanas antes, os srs. "defensores" dos animais! Teria de ser pedido um "regima de excepção"
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